"Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha.
Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o Senhor tem feito por eles.
Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por nós; por isso, estamos alegres.
Restaura, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe.
Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão.
Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes."
(Salmos 126)
Hoje fiz minha primeira prova de Cálculo. CÁLCULO.
Fui chamada no CEFET há pouco mais de duas semanas, no dia 27/03/15.
Algum tempo antes desse dia, eu estava sentada no sofá com a Clara e a Angélica, e a Angélica me fez a seguinte pergunta: "Elisa, se fosse para você pedir um presente a Deus, o que você pediria a Ele?". Fiquei pensando por um tempo sobre essa pergunta, mas nada vinha a minha mente. "Pode ser qualquer coisa, mesmo sendo impossível.", ela falou. Então minha resposta foi que o maior presente que eu poderia receber seria ver o meu nome em alguma das chamadas do CEFET, mas, por isso ser impossível, eu não levava mais em conta. "Prepare-se, pois pode ser que Deus te surpreenda", foi a resposta dela.
Então, a Clara me contou que uma menina que havia passado na minha categoria em Engenharia de Produção Civil havia cancelado sua matrícula no CEFET, logo, eles deveriam chamar alguém no lugar dela. Eu estava em quarto lugar de duas vagas nessa categoria, portanto, mesmo que chamassem alguém, eu só seria chamada caso essa pessoa desistisse ou já tivesse sido chamada pelo SISU. Mas, pelo menos, havia esperança, apesar de eu praticamente não ter acreditado nisso.
Nessa época, eu já havia voltado a estudar para o próximo vestibular. No início, sentia que Deus havia renovado minhas forças: comprei um caderno novo, descobri novos métodos de estudo... Não estava tão difícil voltar àquela rotina. Mas praticamente um mês após iniciar os estudos, parecia que todas as minhas forças haviam acabado. Parecia que o Senhor havia permitido que eu voltasse a ter prazer em estudar apenas no início, apenas por um tempo necessário. Foi nessa época que fiquei sabendo da tênue esperança de ser chamada.
Porém, outra chamada saiu, e ninguém foi chamado na minha categoria. Aquilo me incomodou, e minha esperança se dissipou novamente. Até que um dia, quando eu fui na minha psicóloga, ela me incentivou a ir na COPEVE (Comissão Permanente de Vestibular) conversar sobre essa situação. Então, eu fui. Eles perceberam que estavam errados e, uma semana depois disso, ao ligar para lá, fui avisada de que outra chamada iria sair naquele dia.
Era uma sexta-feira. Como mencionei, ainda havia uma pessoa na minha frente, então não era certo que eu seria chamada. Porém, era minha última chance. As chamadas só podem acontecer até que tenha se completado 25% do semestre, e isso aconteceria no dia 31 de março. Essa chamada saiu no dia 28.
Fiquei atualizando a página da COPEVE durante todo aquele dia, e nada. Por fim, quando eram aproximadamente 20 horas, a Clara me chamou no quarto e, ainda com o computador na mão, me falou: "ELISA, VOCÊ FOI CHAMADA NO CEFET!!!".
Naquele momento, eu não sabia se ria, se chorava, se gritava, ou se saía contando pra todo mundo... Acabei fazendo tudo isso ao mesmo tempo. Eu não conseguia acreditar. Tremia enquanto ligava para meus pais, enquanto contava para os meus amigos. Tremia enquanto postava no Instagram/Facebook a foto com o meu nome na lista da chamada. Meus amigos começavam a me ligar, a me mandar milhões de mensagens... Todos felizes demais por mim, todos sem acreditar. Todos comemorando junto comigo o cuidado de Deus para a minha vida.
Então, minha mãe me contou que certa vez, enquanto ela fazia sua caminhada e eu fazia a minha corrida em Brumadinho, ela estava orando sobre o vestibular, preocupada comigo, mas deixando o controle da situação nas mãos do Senhor. Naquele dia, o Senhor falou claramente com ela: "Ela vai passar. Pode ficar tranquila.". Quando isso aconteceu, apesar da voz ter sido clara, ela se questionou se estava confundindo seus próprios pensamentos com a voz de Deus, e continuou orando para que Ele confirmasse o que havia falado. Então, pouco tempo depois disso, durante uma conversa com a tia Cássia sobre o vestibular do CEFET, minha tia, sem saber de nada, disse as mesmas palavras à minha mãe: "Ela vai passar. Pode ficar tranquila.". Naquele momento, ela teve certeza de que realmente foi o Senhor quem havia lhe falado alguns dias atrás, e guardou aquilo em seu coração. Porém, quando eu não fui aprovada, minha mãe não havia entendido, mas não questionou a Deus. Agora, quando os rumos mudaram, ela entendeu, e se lembrou desse acontecimento.
Como mencionei, hoje foi minha primeira prova de Cálculo. Há pouco mais de duas semanas, fui chamada e já comecei a estudar imediatamente, pois havia perdido quase um mês de aula. E, ainda assim, já cheia de provas e trabalhos, quando eu paro para pensar na fidelidade do meu Deus, eu ainda não acredito. Ainda não acredito no que estou vivendo. Ainda não acredito que estou estudando no CEFET, e não mais para o vestibular do CEFET, mesmo após todas as chances disso acontecer nesse semestre terem se acabado. É inacreditável a maneira como o Senhor cuida de mim.
Estou vivendo, literalmente, o Salmo 126: COMO QUEM SONHA. Já perdi as contas de quantas vezes meu pai já citou esse Salmo para mim... Mas viver na dependência do meu Deus é isso. É viver como quem sonha. Pois nem olhos viram, nem ouvidos ouviram o que Ele preparou para nós.
Quando eu não fui aprovada no meio do ano passado, eu não havia aprendido a lição. Hoje eu entendo que, naquela época, o Senhor queria me mostrar que o vestibular não era a razão da minha vida. Isso era o que ELE queria ser para mim. Mas, ainda assim, eu passei a viver somente em função do estudo novamente.
Certa vez, li uma frase que diz "Quando a história se repete, preste atenção. Há algo que ainda precisa ser aprendido.". Foi exatamente isso o que aconteceu. Deus precisou tirou o que para mim era "tudo", para me mostrar o que era realmente importante. Para me mostrar para o que valia a pena viver. Para me ensinar a viver para Ele. Ele me provou até o último minuto. Até a última chamada. A SÉTIMA chamada. Era como se Ele tivesse dito: "Pronto, filha. Agora que você aprendeu a lição, vou abrir esta vaga para você.".
E, se não tivesse acontecido dessa maneira, eu não teria vivido uma das minhas melhores experiências pessoais e com o Senhor. Não teria vivido aquele tempo maravilhoso em Floripa, onde eu aprendi a ver os milagres dEle no meu dia a dia. Não teria crescido como cresci. Não teria aprendido a viver uma vida de fé, confiança e dependência total a Ele. Não teria aprendido a fechar os meus olhos e simplesmente deixar que Ele me guie. Não teria aprendido que eu tenho um Deus que é PAI, que CUIDA de mim em todo tempo. Um Deus que faz tudo com um propósito.
Se o Senhor não houvesse conduzido a minha vida da maneira como Ele conduziu, eu não o teria o conhecido da maneira como o conheci. Faço das palavras de Jó, as minhas: agora os meus olhos O viram. Ele usou a tempestade pela qual eu passei para se revelar a mim.
Antes de iniciar uma nova etapa da minha vida, eu aprendi a viver. Aprendi a cantar novamente. A viver sempre em primavera. Hoje, eu conheço a graça de pertencer a Ele. Eu tenho o prazer de viver os sonhos e os planos dEle para mim. Hoje, eu posso simplesmente fechar os meus olhos e contemplar todas as palavras e promessas dEle para mim se cumprindo em minha vida. Hoje, eu tenho a fidelidade dEle como meu escudo protetor. O meu Deus é FIEL.
Ter a certeza de que estou vivendo exatamente os planos de Deus para mim, significa ter a certeza de que estou no melhor lugar que eu poderia estar, fazendo aquilo que Ele gostaria que eu fizesse, com as pessoas que Ele preparou para estarem comigo. Significa estar em paz, e estar feliz. Mais do que estaria em qualquer outro lugar que não fosse no centro da vontade dEle.
Algum tempo antes desse dia, eu estava sentada no sofá com a Clara e a Angélica, e a Angélica me fez a seguinte pergunta: "Elisa, se fosse para você pedir um presente a Deus, o que você pediria a Ele?". Fiquei pensando por um tempo sobre essa pergunta, mas nada vinha a minha mente. "Pode ser qualquer coisa, mesmo sendo impossível.", ela falou. Então minha resposta foi que o maior presente que eu poderia receber seria ver o meu nome em alguma das chamadas do CEFET, mas, por isso ser impossível, eu não levava mais em conta. "Prepare-se, pois pode ser que Deus te surpreenda", foi a resposta dela.
Então, a Clara me contou que uma menina que havia passado na minha categoria em Engenharia de Produção Civil havia cancelado sua matrícula no CEFET, logo, eles deveriam chamar alguém no lugar dela. Eu estava em quarto lugar de duas vagas nessa categoria, portanto, mesmo que chamassem alguém, eu só seria chamada caso essa pessoa desistisse ou já tivesse sido chamada pelo SISU. Mas, pelo menos, havia esperança, apesar de eu praticamente não ter acreditado nisso.
Nessa época, eu já havia voltado a estudar para o próximo vestibular. No início, sentia que Deus havia renovado minhas forças: comprei um caderno novo, descobri novos métodos de estudo... Não estava tão difícil voltar àquela rotina. Mas praticamente um mês após iniciar os estudos, parecia que todas as minhas forças haviam acabado. Parecia que o Senhor havia permitido que eu voltasse a ter prazer em estudar apenas no início, apenas por um tempo necessário. Foi nessa época que fiquei sabendo da tênue esperança de ser chamada.
Porém, outra chamada saiu, e ninguém foi chamado na minha categoria. Aquilo me incomodou, e minha esperança se dissipou novamente. Até que um dia, quando eu fui na minha psicóloga, ela me incentivou a ir na COPEVE (Comissão Permanente de Vestibular) conversar sobre essa situação. Então, eu fui. Eles perceberam que estavam errados e, uma semana depois disso, ao ligar para lá, fui avisada de que outra chamada iria sair naquele dia.
Era uma sexta-feira. Como mencionei, ainda havia uma pessoa na minha frente, então não era certo que eu seria chamada. Porém, era minha última chance. As chamadas só podem acontecer até que tenha se completado 25% do semestre, e isso aconteceria no dia 31 de março. Essa chamada saiu no dia 28.
Fiquei atualizando a página da COPEVE durante todo aquele dia, e nada. Por fim, quando eram aproximadamente 20 horas, a Clara me chamou no quarto e, ainda com o computador na mão, me falou: "ELISA, VOCÊ FOI CHAMADA NO CEFET!!!".
Naquele momento, eu não sabia se ria, se chorava, se gritava, ou se saía contando pra todo mundo... Acabei fazendo tudo isso ao mesmo tempo. Eu não conseguia acreditar. Tremia enquanto ligava para meus pais, enquanto contava para os meus amigos. Tremia enquanto postava no Instagram/Facebook a foto com o meu nome na lista da chamada. Meus amigos começavam a me ligar, a me mandar milhões de mensagens... Todos felizes demais por mim, todos sem acreditar. Todos comemorando junto comigo o cuidado de Deus para a minha vida.
Então, minha mãe me contou que certa vez, enquanto ela fazia sua caminhada e eu fazia a minha corrida em Brumadinho, ela estava orando sobre o vestibular, preocupada comigo, mas deixando o controle da situação nas mãos do Senhor. Naquele dia, o Senhor falou claramente com ela: "Ela vai passar. Pode ficar tranquila.". Quando isso aconteceu, apesar da voz ter sido clara, ela se questionou se estava confundindo seus próprios pensamentos com a voz de Deus, e continuou orando para que Ele confirmasse o que havia falado. Então, pouco tempo depois disso, durante uma conversa com a tia Cássia sobre o vestibular do CEFET, minha tia, sem saber de nada, disse as mesmas palavras à minha mãe: "Ela vai passar. Pode ficar tranquila.". Naquele momento, ela teve certeza de que realmente foi o Senhor quem havia lhe falado alguns dias atrás, e guardou aquilo em seu coração. Porém, quando eu não fui aprovada, minha mãe não havia entendido, mas não questionou a Deus. Agora, quando os rumos mudaram, ela entendeu, e se lembrou desse acontecimento.
Como mencionei, hoje foi minha primeira prova de Cálculo. Há pouco mais de duas semanas, fui chamada e já comecei a estudar imediatamente, pois havia perdido quase um mês de aula. E, ainda assim, já cheia de provas e trabalhos, quando eu paro para pensar na fidelidade do meu Deus, eu ainda não acredito. Ainda não acredito no que estou vivendo. Ainda não acredito que estou estudando no CEFET, e não mais para o vestibular do CEFET, mesmo após todas as chances disso acontecer nesse semestre terem se acabado. É inacreditável a maneira como o Senhor cuida de mim.
Estou vivendo, literalmente, o Salmo 126: COMO QUEM SONHA. Já perdi as contas de quantas vezes meu pai já citou esse Salmo para mim... Mas viver na dependência do meu Deus é isso. É viver como quem sonha. Pois nem olhos viram, nem ouvidos ouviram o que Ele preparou para nós.
Quando eu não fui aprovada no meio do ano passado, eu não havia aprendido a lição. Hoje eu entendo que, naquela época, o Senhor queria me mostrar que o vestibular não era a razão da minha vida. Isso era o que ELE queria ser para mim. Mas, ainda assim, eu passei a viver somente em função do estudo novamente.
Certa vez, li uma frase que diz "Quando a história se repete, preste atenção. Há algo que ainda precisa ser aprendido.". Foi exatamente isso o que aconteceu. Deus precisou tirou o que para mim era "tudo", para me mostrar o que era realmente importante. Para me mostrar para o que valia a pena viver. Para me ensinar a viver para Ele. Ele me provou até o último minuto. Até a última chamada. A SÉTIMA chamada. Era como se Ele tivesse dito: "Pronto, filha. Agora que você aprendeu a lição, vou abrir esta vaga para você.".
E, se não tivesse acontecido dessa maneira, eu não teria vivido uma das minhas melhores experiências pessoais e com o Senhor. Não teria vivido aquele tempo maravilhoso em Floripa, onde eu aprendi a ver os milagres dEle no meu dia a dia. Não teria crescido como cresci. Não teria aprendido a viver uma vida de fé, confiança e dependência total a Ele. Não teria aprendido a fechar os meus olhos e simplesmente deixar que Ele me guie. Não teria aprendido que eu tenho um Deus que é PAI, que CUIDA de mim em todo tempo. Um Deus que faz tudo com um propósito.
"Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram." (Jó 42.5)
"E o Senhor abençoou o final da vida de Jó mais do que o início." (Jó 42.12)
"(...) a fidelidade dEle será o seu escudo protetor." (Sl 91.4)
"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu." (Ec 3.1)